O Brasil terá pela primeira vez na história um representante no Rally da Sardenha, válido como a terceira etapa do Campeonato Mundial de Rally Cross Country 2011. O piloto Vicente De Benedictis está garantido na disputa e irá encarar os 1690 quilômetros de percurso, 758 deles de especiais (trechos cronometrados), a bordo de uma motocicleta Beta 450RR. A programação do evento terá início no dia 27 de maio, com o prólogo noturno em Porto Cervo, sendo que a chegada será em San Teodoro no dia 1º de junho.
“Será uma experiência totalmente nova. Eu intensifiquei o ritmo dos treinos com moto para ganhar ritmo, já que não competi mais desde o início do ano. O trabalho físico está em dia e deve ser muito exigido durante a prova”, explicou De Benedictis, que participou das duas últimas edições do Rally Dakar. O brasileiro espera encontrar um caminho com muitos obstáculos na Sardenha. “Pelo que eu apurei, não há trechos de dunas ou de altas velocidades. Trata-se de um rali travado, com muitas características de enduro e variações de altitudes e temperaturas”, antecipou o brasileiro, esperando encontrar belas paisagens na ilha localizada no Mar Mediterrâneo, que é a segunda maior da Itália.
De Benedictis correrá pela equipe Beta Dirt Star Racing, tendo como companheiro de time ninguém menos que o lendário Cyril Neveu. Aos 21 anos, o francês foi o vencedor da primeira edição do então chamado Oasis Paris-Dakar, confirmando o resultado em janeiro de 1979, e ganhou a prova novamente em outras quatro ocasiões. Além de Neveu, que retorna às competições com uma Beta de 350 cilindradas, nomes de peso estarão nas trilhas da Sardenha, como os dos pilotos Marc Coma, da Espanha, Cyril Despres e Stéphane Peterhansel, da França, e do português Helder Rodrigues, que está na liderança do Mundial de Rally Cross Country com 47 pontos (veja a classificação aqui).
“São muitos títulos do Dakar no currículo dos pilotos que estarão lá, todos eles são os melhores competidores do mundo. O meu objetivo é terminar bem a prova, e ainda terei pela frente os italianos que conhecem muito bem a região. Será um ano de aprendizado e um passo importante para cumprir a meta principal, que é poder disputar em breve todas as etapas do Mundial”, concluiu Vicente de Benedictis.
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